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Governo estuda acabar com o fator previdenciário

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Após negociar cortes em benefícios como pensão por morte e auxílio-doença, o Governo Dilma Rousseff estuda acabar com o fator previdenciário, aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade. A informação é do ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com o ministro, o fator previdenciário não cumpre com o papel de retardar as aposentadorias, além de que o benefício recebido pelo aposentado é menor e serve como complemento de renda. A proposta defendida pelo governo para retardar a aposentadoria é de que a fórmula que soma a idade do previdenciário com o tempo de serviço seja alterada para 85 anos para mulheres e 95 anos para homens.
Nos sistemas em que a instituição requer uma idade mínima para o trabalhador se aposentar (nesse caso, o uso do fator é opcional), Gabas diz que a fórmula não protege o trabalhador mais pobre. "Se coloca 65 anos como idade mínima para se aposentar, ele terá de trabalhar quase 50 anos ou mais. Já um trabalhador de família mais rica, que ingressa mais tarde no mercado de trabalho, teria outra realidade”.