Dom,21 De Junho De 2015 |
Foi nesse mesmo Chile que o Brasil há 53 anos teve que lidar com a perda não de Neymar, Romário ou ainda Ronaldo – grandes jogadores, sem dúvidas – mas de Pelé, o maior dos maiores, sempre num patamar acima no Panteão do futebol. E apesar de sentida ao extremo, com uma dor pungente no peito do torcedor, a Seleção fez jus ao termo “seleção” e o grupo jogou pelo Rei para nos sagrarmos bicampeões mundiais.
A ausência de Neymar, antes de um problema, pode ser a solução para a tal “Neymardependência” e o começo de uma Seleção Brasileira de verdade, não de um time que joga em função de um só jogador. Uma trajetória que inicia com a classificação, se possível com vitória e, melhor ainda mais seria, com goleada é uma boa apresentação.
E não é bem pedir muito, afinal do outro lado está a Venezuela, com infinitamente muito menor tradição que a Alemanha que nos destroçou na Copa do Mundo. Ok, o futebol venezuelano evoluiu, mas nós ainda temos melhores jogadores, de longe.
Agora, suprir a ausência de Neymar não depende de Neymar, nem de Dunga, da imprensa ou dos torcedores. Os jogadores brasileiros têm que acreditar na possibilidade de vitória sem a estrela, pois houve um Brasil campeão muito antes de Neymar e, espera-se, haverá outros depois dele. E mais do que vitórias e até um título, os brasileiros pode encontrar a cura para a “Neymardependência”, uma solução à base de amor-próprio e confiança no próprio potencial dos atletas. Pois com Neymar num time que é forte mesmo sem ele é o que o torcedor sonha como um time ideal.