Sáb,31 de Janeiro de 2015 | |
Apesar do tumulto provocado, na manhã deste sábado (31), pelos detentos do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, uma das três unidades que compõem o Complexo do Curado, no Sancho, na Zona Oeste do Recife, as visitas foram liberadas por volta das 9h. Três reeducandos ficaram feridos na confusão e um veículo do Instituto de Medicina Legal (IML) está em frente ao complexo, embora ainda não haja confirmação de mortes.
De acordo com familiares de detentos, o tumulto começou após as 7h30, pouco depois do horário de início da visita, devido a atrasos na entrada dos familiares."Isso não é motivo para uma rebelião", afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, em entrevista à Rádio Jornal.
De acordo com familiares de detentos, o tumulto começou após as 7h30, pouco depois do horário de início da visita, devido a atrasos na entrada dos familiares."Isso não é motivo para uma rebelião", afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, em entrevista à Rádio Jornal.
Com a confusão, a entrada de familiares dos presos foi suspensa. Porém, segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o tumulto havia sido controlado duas horas depois, quando foi retomada. O Batalhão de Choque e o Corpo de Bombeiros estão no local.
Três presos, dois deles não identificados, deram entrada no Hospital Otávio de Freitas, na Zona Oeste do Recife. Desses, um foi visto deixando o Complexo do Curado carregado em um carro de mão desacordado e com um ferimento na cabeça. Outro saiu caminhando, mas com dificuldade e com a barriga machucada. A unidade ainda não divulgou o estado de saúde dos detentos feridos.
Foto: Edmar Melo/JC Imagem | Arte: NE10
SISTEMA EM CRISE - Nos primeiros dias de janeiro, o novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, enfrentou a primeira crise no caótico sistema prisional do Estado. Em apenas quatro meses e uma semana como secretário de ressocialização, Humberto Inojosa renunciou ao cargo. Em seu lugar, assumiu o coronel da PM Eden Vespaziano. Na ocasião, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou também um pacote de medidas.
A promessa mais ousada foi acabar com a circulação de armas brancas e celulares nas unidades prisionais, feita três dias depois da Rede Globo divulgar flagrantes registrados no Complexo do Curado. O sistema prisional do Estado é proporcionalmente o mais superlotado do Brasil, com déficit de agentes penitenciários e policiais militares para a segurança e monitoramento. Hoje, existem cerca de 31 mil detentos onde caberiam 10 mil deles.
No Complexo do Curado, uma rebelião foi deflagrada na véspera de Natal e por pouco detentos não conseguiram fugir por um túnel. A Globo divulgou imagens de presos circulando com facões e celulares, sem serem importunados, no complexo, a maior unidade do Estado. No último dia 7, o Batalhão de Choque foi ao local e fez uma varredura, encontrando cerca de 40 armas e celulares.
A situação ficou ainda pior na semana passada, quando o Complexo do Curado passou por três dias de rebelião, motim de deixou dois mortos, um detento e um sargento da PM. A reivindicação dos reeducandos era a saída do juiz Luiz Rocha, acusado pelos presos de não ser hábil no julgamento dos processos de progressão de pena e transferências e exigiam melhores condições de convivência dentro das unidades e garantias de que seus familiares seriam melhor tratados em dias de visita. Nessa sexta-feira (30), o esquadrão antibombas foi acionado para desativar uma possível bomba instalada dentro do presídio Frei Damião de Bozzano.
Na mesma semana, os presos da Barreto Campelo também se rebelaram. Eles exigiam mais rapidez no julgamento de processos. De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, 27 presos ficaram feridos.
A promessa mais ousada foi acabar com a circulação de armas brancas e celulares nas unidades prisionais, feita três dias depois da Rede Globo divulgar flagrantes registrados no Complexo do Curado. O sistema prisional do Estado é proporcionalmente o mais superlotado do Brasil, com déficit de agentes penitenciários e policiais militares para a segurança e monitoramento. Hoje, existem cerca de 31 mil detentos onde caberiam 10 mil deles.
No Complexo do Curado, uma rebelião foi deflagrada na véspera de Natal e por pouco detentos não conseguiram fugir por um túnel. A Globo divulgou imagens de presos circulando com facões e celulares, sem serem importunados, no complexo, a maior unidade do Estado. No último dia 7, o Batalhão de Choque foi ao local e fez uma varredura, encontrando cerca de 40 armas e celulares.
A situação ficou ainda pior na semana passada, quando o Complexo do Curado passou por três dias de rebelião, motim de deixou dois mortos, um detento e um sargento da PM. A reivindicação dos reeducandos era a saída do juiz Luiz Rocha, acusado pelos presos de não ser hábil no julgamento dos processos de progressão de pena e transferências e exigiam melhores condições de convivência dentro das unidades e garantias de que seus familiares seriam melhor tratados em dias de visita. Nessa sexta-feira (30), o esquadrão antibombas foi acionado para desativar uma possível bomba instalada dentro do presídio Frei Damião de Bozzano.
Na mesma semana, os presos da Barreto Campelo também se rebelaram. Eles exigiam mais rapidez no julgamento de processos. De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, 27 presos ficaram feridos.