Vídeo mostra suspeitos de jogar
artefato que atingiu cinegrafista
Vídeo mostra suspeitos de jogar
artefato que atingiu cinegrafista
artefato que atingiu cinegrafista
Sex, 07 de Fevereiro de 2014 | Escrito por Administrador
Polícia vai tentar identificar um novo personagem.
Cinegrafista Santiago Andrade, da Bandeirantes, está em coma.
À direita do vídeo, a dupla de manifestantes caminha. Os dois têm um pano amarrado no rosto. O rapaz da direita veste calça jeans e uma camisa cinza bastante suada. À esquerda dele está um jovem mais baixo, também com camisa cinza, mas de bermuda preta. Ele tem uma tatuagem na panturrilha esquerda.
Na sequência do vídeo, o rapaz de bermuda parece passar algo para o outro, mas não é possível identificar o quê. Os dois se misturam a um grupo maior.
Ao fundo da imagem aparece o cinegrafista Santiago Andrade vestindo uma camiseta vermelha e com a câmera no ombro. Enquanto isso, no canto direito, está o jovem de camisa cinza suada e calça jeans.
Na sequência do vídeo, o rapaz de bermuda parece passar algo para o outro, mas não é possível identificar o quê. Os dois se misturam a um grupo maior.
Ao fundo da imagem aparece o cinegrafista Santiago Andrade vestindo uma camiseta vermelha e com a câmera no ombro. Enquanto isso, no canto direito, está o jovem de camisa cinza suada e calça jeans.
Uma foto, que está circulando nas redes sociais, mostra os dois suspeitos.A gravação termina logo depois, no momento em que o rapaz parece se abaixar.
As imagens reforçam a versão do fotógrafo que registrou o momento em que o artefato partiu do chão e atingiu a cabeça do cinegrafista.
“Ontem quando a gente chegou na Central do Brasil acompanhando o protesto, vimos que a coisa começou a ficar muito tensa. Do lado de fora, observei que ao lado esquerdo da imagem ficavam os policiais encostados ao muro da guarda municipal. Do lado direito, ficavam os manifestantes, black bloc, todo mundo junto”, relata o fotógrafo, em conversa com o Jornal da Globo.
“Reparei que nessa hora eu vi homem com lenço preto no rosto, calça jeans, com uma camisa cinza, arriado tentando acender o artefato. Quando levantei a câmera pra fazer essa foto, o homem conseguiu acender esse artefato e saiu correndo. Logo em seguida, esse morteiro disparou e atingiu o nosso companheiro cinegrafista. Eu vi que naquele momento o homem, na verdade, posicionou o artefato em direção aos policiais. Mas, infelizmente, pegou no nosso companheiro”, completou o fotógrafo.
Em imagens divulgadas pela agência de notícias russa Ruptly é possível ver um artefato em chamas no canto direito do vídeo. Logo em seguida, o objeto dispara para o alto, soltando muitas faíscas. É possível também ver a fumaça. Na sequência, o cinegrafista da TV Bandeirantes já aparece caído no chão.
Em imagens feitas pela emissora britânica BBC é possível ouvir a explosão e ver as faíscas e o cinegrafista caindo no chão.
O Jornal da Globo ouviu também Vinícius Cavalcanti, que é especialista em explosivos. “Inicialmente, quando a gente só tinha tido chance de ver as fotos, já dava pra saber que não se tratava de uma munição de emprego policial. Posteriormente, quando dos filmes, ficou claro que se trata de um engenho de fabricação comercial que é utilizado em comemorações. Isso é um rojão, um foguete, que também é chamado de lança, buscapé, e é uma coisa comum no país. O que acontece é que aquele ali está sem a vareta que normalmente se utiliza para estabilização dele e foi colocado criminosamente com o propósito de atingir um alvo a uma distância em terra”, explicou Cavalcanti.
O perito Nelson Massini acredita se tratar de fogos de artifícios. “Acho a foto bastante esclarecedora. Nós podemos perceber aqui no chão uma espécie de um tubete aonde é lançado um propulsor. Portanto é um fogo de artifício que é lançado, utilizado para lançamento e posteriormente com a explosão”, afirma.
A Polícia Civil do Rio informou que está investigando dois jovens suspeitos de participar do episódio que feriu o cinegrafista.
Investigação
Nesta sexta-feira (7) peritos estiveram no local onde o cinegrafista foi ferido. A partir da análise dos fragmentos encontrados, a polícia disse que Santiago Andrade foi atingido por um rojão. “A gente tem a convicção, pela avaliação feita pelos especialistas, de que esse artefato não foi liberado pelas forças de segurança. Foram colocados pelas pessoas que estavam participando da manifestação. Isso a gente já pode concluir”, afirmou o delegado.
Os investigadores estão analisando imagens do circuito de segurança de prédios do Exército e câmeras da Prefeitura do Rio, além do material feito pelos cinegrafistas que estavam fazendo a cobertura do protesto.
Quem lançou o explosivo pode responder por tentativa de homicídio e crime de explosão
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